Com um susto no primeiro tempo e uma reação espetacular no segundo, o Brasil sagrou-se tricampeão da Copa das Confederações, um aperitivo do que será a Copa da África, em 2010!O clima estava perfeito, os sul-africanos torcendo incansavelmente com suas vuvuzelas pela nossa seleção, um favorito ao título e um azarão, tudo preparado para mais uma conquista da “Era Dunga”, o problema é que os estadunidenses não encarnaram o espírito de “já chegamos longe demais”, eles acreditaram piamente que já que estavam na final da competição, então era entrar em campo pra vencer o jogo e conquistar um título inédito para os “hamburguers boys”.
Clint Dempsey (bom jogador) e Landon Donovan (outro bom jogador) se encarregaram de colocar emoção na grande final e, de quebra, dar um baita susto em Kaká e companhia, cada um marcou e com menos de meia-hora de jogo os EUA já venciam por 2 a 0.
O jogo disputado sem muita técnica, o Brasil desesperado por perder indo pra cima, insistindo nas jogadas pelo meio, Ramires e Robinho em dia de não muita inspiração, Kaká muito bem marcado, Gilberto Silva andando, sem fazer nada, assistindo a partida de dentro do campo (como de costume, ele significa um a menos) e os norte-americanos se defendendo muito bem com duas linhas de quatro homens, a bola batia e voltava e o risco de em um contra-ataque tomar o terceiro gol era iminente...
O Brasil vem do vestiário com um pensamento: marcar, pelo menos, duas vezes para levar o jogo para a prorrogação. Os EUA vinham com a mesma proposta de jogo, se defender e esperar o tempo passar para comemorar, mas o que o “Exército do Tio Sam” não esperava é que Luis Fabiano, o fabuloso, iniciasse a reação canarinho tão cedo, menos de um minuto do segundo tempo, 2 a 1.
Ainda assustados com o gol, os norte-americanos tomam outro, de cabeça, marcado por Kaká e anulado pelo assistente, a bola entrou, no ângulo superior direito, Tim Howard faz a defesa dentro do gol e o Brasil é prejudicado... Ainda bem que esse gol não fará falta!
Luis Fabiano. Atacante que tem de provar em toda partida que é a melhor opção pro ataque brasileiro, que é o nosso homem-gol, faz, de cabeça, aproveitando a sobra de um gol ridiculamente perdido por Robinho (primeiro a querer comemorar e o último a querer jogar). Os EUA ficam atônitos com o gol, nem de longe esperavam tal reação e, com menos de meia-hora de segundo tempo, o Brasil já empatara a partida já com Daniel Alves em campo no lugar de André Santos, que não jogou absolutamente nada!
O azarão agora se via obrigado a abandonar seu, até tão pouco tempo, eficaz sistema defensivo para buscar a vitória, o que antes parecia uma certeza, questão de tempo, se torna um pesadelo. O Brasil continua indo pra cima, esbarrando na defesa, começando de novo, lutando. Dunga põe em campo Elano no lugar de Ramires, e dá certo. O ex-santista bate um escanteio primoroso e o valente capitão Lúcio marca de cabeça, virando o jogo, 3 a 2.
Detalhe para a comemoração emocionante de Lúcio, o capitão corre para abraçar Elano, a expressão de garra, raça e vontade no rosto de Lúcio é uma coisa que chega a arrepiar, é a certeza de que ainda há jogadores que vestem nossa camisa com amor e dedicação, que ainda há homens com vergonha na cara entre tantos covardes, que ainda existem pessoas determinadas a lutar incansavelmente pelas conquistas da nossa seleção. Lúcio é um exemplo para todos aqueles que desejam vestir a amarelinha ou que já vestem e apenas vestem, não honrando essa camisa que tem história, camisa essa que foi de Rivelino, Nilton Santos, Piazza, Carlos Alberto Torres, Pelé, Garrincha, Jairzinho, Romário, Ronaldo, Rivaldo... Alguns jogadores como Robinho, Pato e outros, precisam lembrar que a Seleção Brasileira não é nenhum parque de diversões, como Neverland era para Michael Jackson, Seleção Brasileira é coisa séria!
O árbitro apita o final de jogo. O Brasil é campeão. Hora de comemorar... A festa brasileira em terras africanas ficou ainda mais bonita com os prêmios de Fair Play (seleção mais disciplinada), artilheiro (Luis Fabiano – 5 gols), bola de prata (Luis Fabiano) e o melhor jogador da competição (Kaká). Clint Dempsey, dos EUA, ficou com a bola de bronze e Tim Howard, também dos EUA, foi eleito o melhor goleiro da competição.
Pela primeira vez, o capitão Lúcio ergue a taça, tomara que seja uma amostra do que faremos em 2010, que essa imagem se repita no ano que vem!
É CAMPEÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO!!!
Na decisão de terceiro lugar, a Espanha, no sufoco, bateu a seleção sul-africana de Joel Santana por 3 a 2, na prorrogação. O jogo foi meio chato, mas nos minutos finais do jogo, Daniel Guiza virou a partida em favor da Espanha, 2 a 1, e no minuto final, último lance, Mphela cobra falta de longe, um canhão e empata, 2 a 2. Na prorrogação, quando todos esperavam uma superioridade física dos “Bafana bafana”, Xabi Alonso cobra falta, a bola não desvia em ninguém e engana o goleiro Khune. Espanha terceira colocada!
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